Figuras Olímpicas de PyeongChang-2018. A lista completa
Houve histórias de campeões, de medalhas improváveis, de participantes inéditos, da festa do último classificado e de figuras olímpicas muito pouco... olímpicas. PyeongChang-2018 chegou ao fim e aproveitamos para fazer uma compilação de todas as histórias que fomos escrevendo. Metemos um asterisco nas cinco melhores.
Lista completa
1. Mirai Nagasu. Entrar na elite olímpica do triplo axel
Norte-americana aproveitou a prova feminina individual do evento por equipas para se tornar a terceira atleta na história a completar o triplo axel nos Jogos Olímpicos. EUA conquistaram a medalha de bronze.
2. Marc McMorris. Da quase morte a uma medalha em onze meses
Canadiano voltou a ser bronze olímpico no snowboard slopestyle mas desta vez o sabor foi muito mais especial: em março de 2017 teve um acidente muito grave que o deixou às portas da morte.
3. Simen Krueger. Ter queda para o cross-country... e ganhar
Norueguês teve início de pesadelo na prova de 15km + 15km skiathlon e caiu ainda no primeiro minuto. Pensou que ia ser o pior dia da sua vida mas recuperou, deixou a concorrência para trás e conquistou uma surpreendente medalha de ouro.
4. Chris Mazdzer. E do desespero saiu uma medalha inédita
Norte-americano entrou na história ao conquistar a primeira medalha individual para os Estados Unidos no luge masculino. E fê-lo apenas um mês depois de ter tido um desabafo desesperado sobre a ausência de resultados.
5. Maren Lundby. A mulher do salto histórico é campeã olímpica
Começou nos saltos de esqui com três anos por causa do irmão e, com 14, foi a primeira de sempre a saltar num Mundial. Agora, depois de treinar com a seleção masculina, conseguiu o título olímpico. «Quando saltamos, é como se estivéssemos a quebrar a lei da gravidade», diz.
6. Chloe Kim. Tão natural como a sua sede
Adolescente de 17 anos dominou a prova olímpica de halfpipe sem qualquer dificuldade. Pelo meio, foi revelando os seus hábitos e vontades alimentares nas redes sociais.
7. Harley Windsor. Um indígena australiano nos Jogos de Inverno
Tem o nome da casa real do Reino Unido e faz parte de uma elite… individual: é o primeiro indígena australiano a competir nos Jogos Olímpicos de Inverno. Em PyeongChang, na Coreia do Sul, não conseguiu passar à final de pares na patinagem artística.
8. Simon Kammerlander. Conversa de ocasião abriu caminho para os Olímpicos
Provas de combinado e de downhill tiveram uma nacionalidade que saltou à vista. Atleta boliviano nasceu na Áustria e começou a representar outras cores quase por acaso. O sucesso é escasso mas a quem é que isso interessa?
9*. Jaqueline Mourão. A brasileira que é pau para toda a obra
O passaporte da atleta de 42 anos soma selos olímpicos: Atenas-2004, Turim-2006, Pequim-2008, Vancouver-2010, Sochi-2014 e PyeongChang-2018. Nunca esteve perto de ganhar uma medalha mas são poucos os que podem dizer que têm experiência em três modalidades olímpicas: mountain bike, cross-country (esqui) e biatlo.
10. Ted-Jan Blomen. Holandês ganhou asas com as cores do Canadá
Concorrência impediu que patinador pudesse evoluir da forma desejada quando competia pela Holanda. Depois de falhar a qualificação para Sochi-2014, decidiu mudar de cores e a recompensa chegou: foi campeão olímpico pelo Canadá nos dez mil metros da patinagem de velocidade em PyeongChang-2018.
11. Família Dukurs. A maldição do quarto lugar no skeleton
PyeongChang-2018 marcou a terceira edição consecutiva dos Jogos Olímpicos de Inverno em que um dos irmãos da família Dukurs da Letónia terminou a prova de skeleton na posição à porta do pódio. Recentemente julgou-se que podia haver uma recompensa a caminho mas tudo não passou do papel.
12*. Germán Madrazo. A festa dos últimos que personifica o espírito olímpico
Mexicano aprendeu a esquiar com 42 anos e chegou a PyeongChang-2018 com 43. Foi o último por larga margem, nos 15 km de cross-country mas acabou como maior protagonista do melhor exemplo de espírito olímpico. À chegada, tinha à sua espera os últimos quatro a chegar e acabou levado em ombros.
13*. Ester Ledecka. O improviso que chocou o esqui alpino
Checa tem dois títulos mundiais no snowboard mas foi no esqui alpino que venceu a primeira medalha de ouro olímpica. Quando já ninguém o esperava, surpreendeu o mundo, interrompeu as celebrações que já existiam e somou um outro pequeno triunfo: contra todos os treinadores que lhe disseram que não ia conseguir conciliar duas modalidades.
14. Jon Lillis. A homenagem mais comovente de PyeongChang
Eram três irmãos e tinham o sonho de poder competir nos Jogos Olímpicos juntos. Em outubro de 2017, tudo mudou por causa de uma tragédia. Em PyeongChang, Jon não foi além da oitava posição no esqui estilo livre (aéreos) mas cumpriu o desejo: manter viva a ambição de Michael.
15. Yuzuru Hanyu. Um fenómeno à japonesa
É muito mais do que um patinador. É mais do que um bicampeão olímpico a fazer história. Hanyu é, aos 23 anos, um dos símbolos mais fortes no Japão e um dos seus atletas mais influentes. Depois de PyeongChang, a fasquia é pessoal mas mais elevada do que nunca: «A minha única motivação agora é conseguir o quádruplo axel».
16. Jonathan Guerreiro. O filho de português que dança no gelo
É filho de uma russa, Svetlana Liapina, e de um português, Francisco Guerreiro. Nasceu na Austrália, onde os pais se conheceram, mas foi viver para Moscovo com 14 anos. Em PyeongChang, fez dupla com Tiffani Zagorski e terminou no 13.º lugar na prova de dança no gelo.
17*. Elizabeth Swaney. A tática de passar pelos intervalos da chuva
À primeira vista, a norte-americana que compete pela Hungria é um embuste. É a atleta que soube explorar uma lacuna do regulamento para se apurar para os Jogos Olímpicos sem fazer uma única manobra digna de registo durante todas as provas de halfpipe (esqui estilo livre) em que participou. Mas, depois de retirada esta camada, percebe-se que há mais em jogo. E até envolve Arnold Schwarzenegger.
18. Gus Kenworthy. O homem sem vergonha para beijar
Foi segundo em Sochi mas acabou muito longe das medalhas na Coreia do Sul. Ainda assim, diz que sai de PyeongChang muito mais realizado do que há quatro anos. Porquê? Porque o beijo que deu no namorado foi transmitido em direto e pode servir de exemplo para milhares de jovens por todo o mundo.
19*. Tina Weirather. A monarquia das medalhas no Liechtenstein
O pequeno país encrustado nas encostas entre Suíça e Áustria conquistou a décima medalha em Jogos Olímpicos de Inverno. Tina Weirather foi bronze no Super-G e juntou-se à elite familiar: a mãe Hanni Wenzel conquistou quatro e o tio Andreas Wenzel ganhou duas.
20. Kaillie Humphries. E a história ali tão perto
Podia fazer história ao vencer o bobsleigh pela terceira edição consecutiva mas não foi além da medalha de bronze. A fase em que era ignorada pelos colegas já lá vai e a carreira olímpica é uma das mais impressionantes no Canadá. E tudo começou quando, aos 12 anos, apostou com os pais que estes teriam de tatuar a folha de ácer canadiana se ela alguma vez chegasse à seleção. Ganhou… mas não da forma que pensava.
21. André Myhrer. Fazer história como «velho» aos 35 anos
O sueco tornou-se o atleta mais velho a ganhar uma medalha olímpica no slalom masculino, aos 35 anos e 42 dias. Para isso, aproveitou uma prova em que dos 106 que partiram, apenas 43 chegaram ao final da segunda manga.
22. Darya Domracheva. O par perfeito para Bjoerndalen
Bielorrussa terminou participação na Coreia do Sul com o título na estafeta feminina do biatlo e elevou para seis o número de pódios alcançados em Jogos Olímpicos. Se forem somados os do marido Ole Einar Bjoerndalen, a dupla já chegou às 19 medalhas.
23. Marit Bjoergen. A rainha dos Jogos Olímpicos de Inverno
Norueguesa conquistou medalhas nas cinco provas que disputou em PyeongChang e tornou-se a atleta com mais pódios (15) na história dos Jogos Olímpicos de Inverno. Chave de ouro foi o título na prova que fechou a edição da Coreia do Sul (30 quilómetros de cross-country).