Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

É Desporto

É Desporto

03 de Junho, 2020

Estados Unidos. Nunca o termo Dream Team foi tão bem aplicado

Rui Pedro Silva

Dream Team dos EUA - 1992

Os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, foram os primeiros da história que puderam contar com jogadores na NBA. Depois de vencerem apenas uma das três edições anteriores, os norte-americanos assinalaram o momento com mestria e apresentaram a melhor equipa que alguma vez já entrou num court de basquetebol.

Os Estados Unidos dominam o basquetebol olímpico. Foi assim na edição de estreia em 1936, em Berlim, e praticamente sempre de quatro em quatro anos. Até 1992, quando a seleção convocou finalmente jogadores da NBA, os norte-americanos só não tinham vencido três edições: 1972, depois de um final de jogo com a União Soviética que ainda hoje gera controvérsia, 1980, devido ao boicote aos Jogos de Moscovo, e 1988, quando terminaram na terceira posição.

Não poder contar com os melhores jogadores da liga não foi, portanto, um grande problema até 1992. E, verdade seja dita, alguns dos melhores de sempre puderam representar a seleção numa fase prematura da carreira, como Bill Russell e KC Jones em 1956, Oscar Robertson e Jerry West em 1960, Michael Jordan e Patrick Ewing em 1984 ou David Robinson em 1988.

Mas nunca, como em 1992, os Estados Unidos acumularam tantos e tão bons jogadores nas melhores fases das suas carreiras, depois de a federação internacional de basquetebol ter aberto essa porta.

Com Chuck Daly como treinador, a lista de 12 jogadores (numerados de 4 a 15) é de tirar o fôlego: Christian Laettner, David Robinson, Patrick Ewing, Larry Bird, Scottie Pippen, Michael Jordan, Clyde Drexler, Karl Malone, John Stockton, Chris Mullin, Charles Barkley e Magic Johnson.

O primeiro era o único sem experiência de NBA, mas tinha acabado de fazer o lançamento mais famoso na história do basquetebol universitário, num jogo entre Duke e Kentucky. De resto, eram estrelas atrás de estrelas, que não permitiam qualquer oportunidade à concorrência.

Os resultados estão aí a comprová-lo: 116-48 com Angola, 103-70 com a Croácia, 111-68 com a Alemanha, 127-83 com o Brasil, 122-81 com a Espanha, 115-77 com Porto Rico, 127-76 com a Lituânia e, na final, 117-85 com a Croácia.

Foi a melhor equipa que os Jogos Olímpicos já viram. E percebe-se porquê: era uma equipa de sonho transformada em realidade.