Esgrima. À terceira foi de vez para Portugal
Especial Jogos Olímpicos (Amesterdão-1928)
Jorge Paiva, Mário Noronha, Frederico Paredes, João Sassetti, Paulo d’Eça Leal e Henrique da Silveira conquistaram uma medalha de bronze para a comitiva portuguesa, a única nos Jogos Olímpicos de Amesterdão. Com o terceiro lugar na prova de espada por equipas na esgrima, garantiram a primeira medalha de sempre na modalidade. Depois de dois quartos lugares, foi a prova que à terceira é de vez.
A equipa portuguesa de esgrima, na variante de espada, estava a ameaçar. Tinha tido a excelente oportunidade de conquistar a primeira medalha para Portugal em Jogos Olímpicos em Antuérpia-1920 mas não foi além do quarto lugar. Quatro anos depois, em Paris, mais do mesmo, com o «castigo» de ver a tão ansiada medalha lusitana ganha na equitação.
Em 1928, em Amesterdão, uma equipa de seis atletas, todos militares, sentiu que era altura de pôr termo a esta história do quase. Bateram a Holanda e a Suécia na primeira fase, os EUA e a Noruega na segunda e atingiram as meias-finais.
Eram umas meias-finais diferentes. Havia dois grupos de quatro seleções e as primeiras duas de cada um garantiam o apuramento para uma derradeira fase. Portugal perdeu com a Itália – a futura campeã olímpica – mas os triunfos sobre Checoslováquia e Holanda garantiram, no mínimo, o quarto lugar.
Quando a fase decisiva chegou, Portugal venceu apenas um duelo: contra a Bélgica, e apenas na contabilidade de toques (21-20) depois de um 8-8 final. No todos contra todos, a Itália voltou a ser mais forte e a França também fez valer a sua tradição. Jorge Paiva, Mário Noronha, Frederico Paredes, João Sassetti, Paulo d’Eça Leal e Henrique da Silveira eram, ainda assim, homens felizes. Tinham conseguido finalmente a medalha que a modalidade tanto queria.