Deshaun Watson. A insólita aventura do quarterback dos Texans
Lesão no peito impedia-o de viajar de avião, por isso equipa reservou um autocarro de luxo para que o jogador pudesse fazer a viagem entre Houston e Jacksonville, num total superior a 1400 quilómetros. Texans ganharam, Watson fez um passe para touchdown e já está de volta ao Texas… um dia depois.
A culpa é dos… Texans. A linha ofensiva da equipa de Houston tem apresentado muitas vulnerabilidades e Watson aparenta ser uma presa fácil para os ataques dos defesas contrários. Sack após sack, a integridade física do quarterback é posta em risco. Nas primeiras seis jornadas, Watson foi atingido 70 vezes num total de 25 sacks.
Os números apontam para um recorde no final da temporada… se Watson conseguir continuar a jogar. Contra os Bills a lesão chegou mesmo. De acordo com os relatórios, rachou uma costela e sofreu um colapso parcial do pulmão.
A lesão pode ser séria e impede quem a tem de viajar de avião, devido às mudanças de pressão. Mas nem assim Watson ficou de fora do jogo seguinte, na Florida, com os Jacksonville Jaguars. Sim, a viagem de avião estava fora de hipótese mas a equipa reservou um autocarro de luxo para um percurso de 12 horas e cerca de 1400 quilómetros… só de ida.
Foi uma questão de precaução. A equipa não queria arriscar a viagem de avião por isso encontrou uma alternativa, um pouco a fazer lembrar a forma como Dennis Bergkamp fazia nos jogos das competições europeias para fugir ao pânico dos voos.
«Se não pode voar, a primeira coisa a fazer é falar com o Deshaun Watson e ver o que pretende fazer. O avião está fora de hipótese mas há outros modos de transporte: comboio, autocarros para digressões, cavalos, buggy…», começou por dizer o treinador Bill O’Brien.
A escolha recaiu num autocarro de luxo, com cama, televisão, jogos de consola e comida suficiente para que nada faltasse ao quarterback. Além disso, viajou acompanhado por um treinador adjunto, um preparador físico e um segurança. O certo é que o jogo correu bem. Os Texans venceram 20-7 e Watson só foi atingido sete vezes, sofrendo apenas um sack.
A viagem de volta implicou mais 12 horas na estrada, agora já com a sensação de dever cumprido. «Foi uma viagem suave. Divertimo-nos, conversámos muito, vimos pedaços de jogos, vimos televisão, dormimos. Não me importei com isso. Faço tudo o que me permita estar com os meus colegas e ajudar a equipa a ganhar», contou.
A melhor parte é que o próximo jogo, já na quinta-feira, é em casa. Uma aventura é boa, mais do que isso pode cansar.