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É Desporto

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22 de Agosto, 2018

PV Sindhu. A indiana que ganha milhões ao volante sem conduzir

Rui Pedro Silva

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Chama-se Pusarla Venkata Sindhu, tem 23 anos, joga badminton e a Forbes colocou-a no sétimo lugar das atletas mais bem pagas dos últimos doze meses. Numa lista encabeçada por Serena Williams, Sindhu é a primeira não-tenista na lista e encaixou mais de sete milhões de euros. Os patrocínios desempenharam um papel fundamental no bolo total.

 

Um tipo diferente de raquete

 

Pergunta para queijinho: quantos jogadores de badminton consegue dizer de cabeça? Talvez, com alguma sorte, saiba que Telma Santos, agora com 35 anos, esteve presente nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012 e do Rio de Janeiro em 2016. Ou Pedro Martins, que foi aos mesmos eventos. A nível internacional, a espanhola Carolina Marín é cada vez mais uma sensação (campeã olímpica, três títulos mundiais e quatro europeus) e na antevisão do Rio de Janeiro-2016 até escrevemos sobre o caráter de Lin Dan e a sua rivalidade com Chong-wei Lee.

 

E se o nome em causa for Pusarla Venkata Sindhu? Ou PV Sindhu, para simplificar? É natural que em Portugal, para o adepto mais distraído, ou simplesmente qualquer um que não acompanhe o panorama internacional do badminton, o nome não tenha qualquer significado.

 

Mas esta semana, por culpa de uma iniciativa periódica da Forbes, o nome ganhou uma nova dimensão. A publicação divulgou o top das atletas que mais receberam nos últimos doze meses e Sindhu apareceu em lugar de destaque.

 

Serena Williams encabeçou a lista, com 15,61 milhões de euros, e foi seguida por outras cinco tenistas (Caroline Wozniacki, Sloane Stephens, Garbiñe Muguruza, Maria Sharapova e Venus Williams), mas no sétimo lugar chega a primeira intrusa entre tenistas. Isso mesmo: PV Sindhu, com 7,32 milhões de euros.

 

Como pode uma jogadora de badminton intrometer-se nesta lista de milionárias? É certo que também tem uma raquete mas o desporto não é o mesmo. É certo que se joga com um volante mas também não está ao nível da projeção que Danica Patrick (piloto de automóveis que é a outra figura fora do ténis a marcar presença no top-10) alcança. O trunfo está na publicidade.

 

Sucesso desportivo

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Continuando no mundo do ténis, não se pode dizer que Sindhu é uma espécie de Anna Kournikova, onde a faturação pela publicidade surgiria sempre independentemente do sucesso desportivo. Pelo contrário, a jogadora de 23 anos, que nasceu em Hyderabad, na província de Telangana, em 1995 até tem um currículo recheado.

 

Está no terceiro lugar do ranking mundial feminino, depois de ter chegado a ser segunda em 2017, e só perdeu o título olímpico no Rio de Janeiro para… Carolina Marín. Em Mundiais, a história repete-se: derrota na final em 2018 para a espanhola e em 2017 para a japonesa Nozomi Okuhara. Antes disso, em 2014 e 2013 já tinha sido medalha de bronze.

 

Os grandes títulos continuam a escapar a Sindhu mas a atleta, profissional desde 2009, com apenas 14 anos, parece estar sempre nas decisões. É a cara do badminton na Índia, um mercado com muitos milhões de pessoas, e as principais marcas internacionais não perdem a oportunidade de se associar a uma figura de prestígio.

 

É por aí que se chega mais facilmente aos mais de sete milhões de euros. Entre outros patrocínios, Sindhu é a cara de multinacionais como a Bridgestone, a Gatorade, a Nokia ou a Panasonic.

20 de Agosto, 2018

Chaves. Uma aventura entre Valentes Transmontanos

Rui Pedro Silva

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Não há equipas na Liga Portuguesa em Portugal continental que estejam tão longe uma da outra como Chaves e Portimonense. A viagem, mesmo partindo de Lisboa, pode ser extenuante o suficiente, por isso fizemos batota e saímos três dias antes. Podíamos ter ficado a dormir na rua mas a simpatia transmontana ajudou-nos a encontrar soluções e a concretizar o desejo de estar presente neste «dérbi de extremos».